Os números

Os números estão presentes em tudo o que nos cerca. Nos preços dos produtos que compramos no mercado, nos endereços, nos telefones, nos canais da TV, e onde mais nossos olhos podem alcançar. Conhecer os números e aprender a usá-los é o que vamos fazer juntos, neste blog.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A Importância do Cálculo Mental


Segundo Constance Kamii "o objetivo de ensinar os números à criança é o da construção mental que ela faz dos números", quer dizer, o professor deve encorajar a criança a imaginar todo o tipo de situação em que os números se encaixam, ajudá-la a construir as ligações deste novo conhecimento com todo o seu universo, com suas vivências, de modo a tornar seu pensamento autônomo e intuitivo. Enquanto Zóltan Diénes sugere que "para a criança desenvolver satisfatoriamente seus conhecimentos matemáticos, o educador deve levar em conta todas as etapas de seu desenvolvimento sendo necessário que ela conviva em um ambiente rico em materiais e oportunidades, de modo a construir seu próprio conhecimento", ou seja, a construção da consciência matemática depende diretamente da exploração de todo o universo em que a criança está inserida e ao trabalho dos pais e professores em auxiliá-las na construção das associações que a conduzirão ao conhecimento.

Quando exercitamos a matemática intuitiva levamos a criança a um exercício mais profundo, sem que ela perceba e sem "forçar": o exercício do cálculo mental.
Durante as fases preliminares do ensino da matemática, na apresentação dos números, criar relações de quantidade, volume, tamanho, sempre em refência às experiências vividas pela criança, podem ajudar a criança a associar os numerais (figura abstrata) a objetos (figura concreta) que servirão como pontes mnemónicas para a criança desenvolver o cáculo mental.
Ensinar e estimular o cálculo mental nas primeiras etapas do ensino de matemática é essencial ao desenvolvimento do raciocínio lógico, bem como da percepção dos padrões que a cercam. Um mundo visto por uma ótica racional pode ser mais fácil de interpretar, assim as crianças terão oportunidade de tirar melhor proveito de suas experiências futuras e se tornarão cidadãos mais críticos, mais consciêntes.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Matemática Intuitiva

Todos os dias realizamos operações matemáticas mentais, mesmo sem perceber, mesmo antes de aprendermos matemática formalmente na escola.
Agregar, comparar, repartir, acumular, são exemplos simples de matemática intuitiva que realizamos corriqueiramente.

Na sala de aula, levantar situações comuns do dia-a-dia das crianças para auxiliá-las na construção da matemática formal é algo fundamental; assim como já estudado, analisado e enunsiado por Jean Piaget, Paulo Freire e outros estudiosos do construtivismo.

Por esta razão enumeramos alguns exemplos, separados por fase, que podem ser trabalhados e introduzidos por pais e professores nas diferentes etapas da educação intantil e fundamental, de modo cumulativo, ou seja, sempre adicionando práticas e nunca reduzindo e sempre sob sua supervisão e orientação para também transmitir segurança aos pequenos aprendizes.
  • 2 a 4 anos de idade
    • em casa
      • dividir briquedos ou blocos de montar com outros (irmãos, amigos, pais)
      • separar objetos por cor ou por tamanho
      • guardar brinquenos em caixas organizadoras
    • na escola
      • formar pares para prática de atividades
      • formar grupos iguais na hora do recreio
  • 4 a 6 anos de idade
    • em casa
      • arrumar o próprio estojo de lápis
      • guardar as roupas nas gavetas por tipo, cor, tamanho
      • separar os períodos do dia (manhã, tarde e noite)
    • na escola
      • formar filas por ordem de tamanho
      • contar os dias da semana e do mês
  • 6 a 8 anos de idade
    • em casa
      • lidar com dinheiro (pagar e conferir o troco)
      • arrumar a própria lancheira
      • separar os alimentos no prato
    • na escola
      • lidar com o tempo e horários
      • formar grupos ou times para prática de esportes coletivos
  • 8 a 10 anos de idade 
    • em casa
      • servir-se nas refeições, montar porções
      • arrumar a mesa (talheres, pratos, copos)
      • separar as próprias roupas
    • na escola
      • lidar com a relação de distâncias e tempos
      • organizar eventos históricos em ordem cronológica
A aplicação da matemática intuitiva como elo com a matemática abstrata, formal, pode ser validada por experimento aplicado em crianças de 8 a 10 anos de idade que se submeteram a estas práticas desde os primeiros anos.

Atividade Proposta: desenvolver uma "linha do tempo" relacionando eventos históricos a períodos de tempo em ordem crescente, e procurando dados ocultos nas informações pesquisadas.

MFML, 9, 4o. ano E.F.

A aplicação da atividade permite à criança complementar o conhecimento com informações intrínsecas, porém não explícitas no material de pesquisa, insentivando o uso da matemática intuitiva na análise e absorção da experiência.